sábado, 31 de julho de 2010

A vida...

Às vezes a angústia toma conta do coração atordoado, que já não sabe mais se bate ou se para de bater.
É difícil andar meio a espinhos, tomando cuidado para não se machucar.
É inodoro, incolor e sem sabor beber da mesma água todos os dias. Porém quando se prefere vinho tinto, seco ou suave, e se pede algo de vontade particular, as coisas não são tão simples assim..
O sonho pulsante, era chegar ao final da vida com pele intacta, perfeita e olhar sereno dos 18.
Mas, acabo de crer que ao final da vida muitas cicatrizes, imperfeições e reprovações serão encontradas na pele, no caminho e no coração.
Ao final dos sonhos, as decepções serão ensinamento aos mais jovens, aos mais próximos e mais amigos.
Ninguém sai dessa vida, da mesma forma que entrou.
Nem sempre seremos compreendidos da maneira que desejamos, nem valorizados da forma como merecemos...
Mas Ele, pai de todos nós, sabe quantas pedras encontraremos pelo caminho e quantas vezes serão necessárias o silêncio, para que na pior das hipoteses, sejamos ainda, seres humanos felizes e com força necessária para recomeçar.

Por: Meiryellen Formigoni

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Paciência, Senhor!

Quanta insaniedade. Quanta babaquice.

As vezes a pluralidade dos acontecimentos me levam, meio que sem perceber, a um extremo desconforto mental que me resulta na perda de controle e num possível ataque dos nervos.
Se continuar nesse rítmo, cabelos brancos surgirão antes dos 30.
É desconfortável pensar, que passamos a vida toda buscando, procurando, querendo. Pena que nem sempre pensem e procurem a mesma coisa que queremos.
É uma lástima, saber que os enteresses sociais, que deveriam acolher a organização, a ordem e o progresso proposto na bandeira brasileira, corre cada vez mais ao descaso populacional, necessidades individuais e ao lado desumano.
É indignador, é tenso. É completamente ridículo.

Parece bem mais fácil dizer que depois haverá solução, mais tarde haverá análise ou retorno, do que resolver ou procurar respostas no ato da questão.
É o sistema que gira e foge das suas necessidades e prioridades que, deveriam ser essenciais. O atendimento aos que realmente necessitam. À aqueles que ainda priorizam a luta, nem que for sem glória.

A raça do povo brasileiro, ainda me espanta, me causa admiração e me provoca perpetua indagação.

O defeito de alguns seres humanos, assim como eu, reles mortal, é querer transformar o mundo, mudar o que já foi pre moldado no regime autoritário e transformar a ordem, organização e reluzencia de um departamento. Dai me muita, explendida e sábia sabedoria Senhor.

Por: Meiryellen Formigoni

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O vício da Centopéia.

Todo mundo tem uma loucura escondida, um vício irreversível, um fetiche complicado.
O que fazer quando o 'instinto' pulsa mais alto que a necessidade?
Me questiono várias vezes, sempre que entro em uma loja de calçados.
Não, eu não sou uma centopéia, mas meu quarto se estufa com tantos pares. Cores. Modelos.
Tudo parece lindo. Realmente é maravilhoso poder escolher qual usar. Ter 5 pares com cores diferentes do MESMO MODELO! É show. E ter vários pares de diferentes modelos de inusitadas cores? MARAVILHOSO não Acha?

Mas, será que é necessário?

Essa é a dificuldade que os seres humanos encontram pra uma peça básica da vida: o auto controle. A mão coça, os pés já se sentem belos com os modelos.

A moda lança todos os anos coleções de arrazar. E essa necessidade de comprar, é introduzida desde quando somos crianças, e temos que escolher entre a 'sandália da xuxa' ou a "sandalia da ivete". Parece bobo, mais desde cedo aprendemos que a sociedade impõe padrões, que se fazem necessários seguir para não ficarmos fora do 'circulo'.
Este maldito capitalismo, que corroe meu salário, minha pasciência, minha busca pela exatidão.
Um corpo perfeito.
Esse círculo que mais parece um Circo. Onde pessoas ligam mais pra vestimentas do que pro coração. Onde relacionamentos se baseiam no sexo ao invés do amor.
Essa é a bruta realidade na qual vivemos, e cá entre nós, nos acostumamos. E de certa forma, estamos adorando.
Eu ainda me pergunto, porque tenho mais de 50 pares de sapatos, se eu só tenho dois pés???
É o vício da Centopéia. Compra - se cada vez mais, mesmo não havendo necessidade. Só por luxo.

Enquanto isso, se parassemos pra pensar, tem tanta gente passando fome...

Deveriamos nos preocupar com os excluídos do sistema por pobreza, não por não ter o mais novo modelo da Colcci.
Usa- se o que a vitrine oferece sem sequer analisar o que cabe melhor no nosso corpo. Compra-se as cores da estação, mesmo que estas, ceguem os olhos de tão fluorescentes.
Mais estamos ai como bonecos vivos ("felizes" e acomodados) no "circo capitalista."
Lembra da menina brega da faculdade?
Okey, Okey. Ela podia até ser 'brega', mas era a única que andava com as próprias pernas, que usava o que queria.
Não seguia tendências mas também não se rendia a vontade alheia, inserida pelo mercado.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

" 600 dias "

Bendito seja o dia em que eu te conheci.
Bendito seja aquele janeiro onde minha vida ganhou luz, felicidade e uma dose extra forte de amor sincero.

Bendito sejam os teus olhos que me reprovam em atitude errônea e brilham no auge das conquistas.
Bendito seja tua boca e tua sabedoria, que disseminam em meus dias palavras de aconchego, carinho, gratidão. Palavras de sonho, de luta, de desabafos. Palavras que colorem os meus dias e modificam meus pensamentos, sempre que estão confusos.

Já me neguei ao mundo, ao ilusório, ao belo por natureza. Mas seria totalmente tola, se me negasse a você. Se me negasse à esse amor.
Quando eu fecho os meus olhos, imagino como será lindo acordar todos os dias e ter você junto a mim. Como será ver nos olhos dos nossos "nenis" um pouco de cada um de nós, o resultado do nosso mais pleno sentimento.

Bendito é teu corpo, tua face, tua vida que um dia passou a me pertencer por inteiro.
Bendito sejai teus sonhos, para que juntos com os meus formulem uma vida cheia de amor e bençãos de Deus.
Bendito seja eternamente o teu coração, que guarda tanta bondade, tantos desejos e essa infinita fé.

São quase 600 dias ao teu lado. Espero que estes, se multipliquem milhares e milhares de vezes, durante o resto de nossas vidas.
E que bendito seja Deus, que nos uniu naquele dia, sem motivos quaisquer aparentes, sem nenhuma explicação prévia dos porques e dos enganos da vida, sem que nos trouxesse nenhum sinal instantaneo, mais que fizesse o tempo agir calado.
Que da mesma maneira que Deus agiu quando nos fez encontrar um ao outro, purifique, abençoe, guie e ilumine as vontades de nossos corações, nos mostrando apenas os resultados do teu imenso amor de pai.


... Bendita foi hora meu amor, que você passou a fazer parte de mim...

Eu amo você, e irei te amar eternamente.

05 de Julho de 2010.


Nós precisamos estar disponíveis ao amor. Muitas vezes a gente erra. Erra contra as pessoas que ama e erra contra o mundo. Existe sempre uma chance de recomeçar, existe sempre uma chance de fazer de novo aquilo que você errou. Deus sempre torce para que nessa nova chance, você põe os olhos dele. Talvez agente tenha errado em muitas coisas do passado. Machucado pessoas e a nós mesmos. Mais essa é a chance de pedir: cura-me senhor!

(Anjos do Resgate)

Fonte segura não compromete a notícia



O jornal impresso necessita de atenção em todo o processo produtivo, exigindo seriedade e participação de toda a equipe

Como em toda profissão, no jornalismo também se erra. Seja por falha na apuração, erros de digitação (e, por que não, de português), correria do fechamento da edição e, o pior de todos, deficiência na checagem da informação que se obtém das fontes. O jornal impresso é um dos meios em que se percebe com mais clareza essa situação. Comumente, o leitor se depara com erros e informações incoerentes que nem sempre são corrigidas a tempo ou que ocorrem por falsos depoimentos de fontes nem tão confiáveis como deveriam ser.
A checagem da informação é imprescindível. Poderia ter evitado, por exemplo, que em reportagem publicada no dia 10 de novembro de 2009 no Diário Online, versão eletrônica do jornal "O Diário do Norte do Paraná”, tivesse estampado por alguns momentos a manchete “O "Hospital Municipal de Paranavaí é interditado após denúncias de irregularidades". Na verdade, o hospital que havia sido interditado é o de Paranacity, município que fica a 46 km de Paranavaí. Nesse caso, o conteúdo da reportagem estava correto. O erro só ocorreu na manchete. No caso do jornalismo online, o erro pode ser visto e alterado rapidamente. No entanto, se fosse no impresso, levaria no mínimo um dia para ser "consertado" com uma correção - diga-se de passagem, sem o mesmo destaque e espaço dados ao texto original.
Uma empresa jornalística deve zelar pela seriedade, ter compromisso com a verdade e checar as informações antes da publicação. Quando ocorrem erros frequentes a empresa acaba, de certa forma, perdendo a credibilidade do leitor, do internauta que acompanha as manchetes online e da sociedade, que confia aos jornalistas a responsabilidade de tornar públicos os fatos.
Uma falha gravíssima que deve (e pode) ser corrigida diz respeito às declarações das fontes consideradas “seguras” que, até por essa razão, acabam não são checadas pelos jornalistas. O editor, na pressão do fechamento, acaba negligenciando a leitura texto a texto e mesmo se a informação está completa ou se há algum dado confuso e/ou errado. Todo jornalista tem o dever de confirmar, checar e ter certeza daquilo que vai ser publicado. É função desse profissional, antes de escrever uma reportagem, estar convicto das informações que apurou.
Mas não devemos culpar apenas uma “peça” desse “quebra cabeça”. Antes de criticar os erros cometidos pelos jornalistas deve-se também apurar em quais condições de trabalho eles estão exercendo suas funções. Todo acúmulo de atividades pode, em última instância, comprometer a qualidade final do que se produz. Se isso vale para qualquer segmento, não pode ser diferente no jornalismo. A convergência das mídias está levando alguns a se desdobrarem para levar informação ao mesmo tempo a diversos públicos.
Para que essas novas rotinas não configurem, num curto espaço de tempo, prejuízo à qualidade da informação, é necessária a consciência dos jornalistas sobre a responsabilidade social que exercem. Treinamento específico, jornada e distribuição de tarefas compatíveis devem ser respeitadas. Depois vem o segundo passo, que fica com o jornalista. Deve conferir palavra por palavra, ter certeza da veracidade do que está publicando e não levar aos leitores meras reproduções de entrevistas.
Isso é o que chamamos de cuidado com a notícia, porque esse é o produto que o profissional da comunicação oferece. Não é só a imagem do jornalista que assinou a reportagem que está em jogo, mas a imagem da empresa toda e o trabalho que ambos desenvolvem. É um serviço prestado a toda a sociedade.
(Meiryellen Formigoni)
(Postado também em: www.jornalmateriaprima.com.br - EDITORIA - Crítica)
Um dos problemas mais questionáveis da sociedade desde a revolução industrial no século 18,é o crescimento desordenado que ocorre nos grandes centros do país em desenvolvimento. A maioria da população, que não tem condições de se instalar em locais adequados para moradia, acaba se fixando na periferia, muitas vezes em locais impróprios como morros e barranco, criando as favelas.
A situação das pessoas que habitam esses locais é crítica e perigosa, haja vista o desnível de terra e a precariedade das casas, pois sem condições mínimas de segurança, torna-se difícil a essa população erguer uma estrutura que suporte os fenômenos naturais, como as chuvas que destruíram mais de 200 casas no Morro do Bumba (RJ) no início do mês passado.
Segundo reportagem divulgada pelo jornal Correio Braziliense de 24 de fevereiro, no terremoto do Haiti em janeiro deste ano, 220 mil pessoas morreram soterradas nos escombros das construções. “ Uma nação que vivia em condições precárias agora enfrenta o desafio da sobrevivência”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reportagem. As pessoas que moram nas periferias do Brasil também vivem em condições precárias e num cenário pós-chuva acabam vivenciando praticamente uma questão de luta pela sobrevivência. O que indaga a voz brasileira é o questionamento sobre os R$800 milhões que o governo brasileiro enviou nos últimos cinco anos ao Haiti em missão de paz, (número divulgado no UOL notícias em 15 de Janeiro) e aos mais de R$ 20 bilhões que foram entregues após o terremoto. Toda a quantia poderia ter sido, também, aplicada para auxiliar no restabelecimento da ordem após as catástrofes naturais, cada vez mais comuns.
O governo brasileiro tem consciência do risco que as pessoas correm quando instalam suas casas em áreas periféricas, e esse risco aumenta toda vez que chove. O que falta é um pouco de atitude. Dinheiro, pelo jeito, o governo tem.
A necessidade de ajuda humanitária internacional é inquestionável, pois milhares de pessoas vêm sendo vítimas de tragédias da natureza que aconteceram pelo mundo nos últimos anos. Porém, o Brasil também não pode abrir mão dessa ajuda, que se faz necessária devido à precariedade das periferias. É perceptível que R$ 800 milhões gastos em cinco anos, não seriam suficientes para suprir todas as necessidades do país em relação à moradia em áreas de risco e que estão em formação, mas é preciso que haja um primeiro passo, um ponto de partida.
Quando o governo precisa de votos, promete melhorias, qualidade de vida e implantação da “igualdade social”, que de igual só tem promessas. Os anos passam, as gestões governamentais mudam, as promessas são sempre as mesmas e a situação da população brasileira continua igual.
Se o país tem capacidade para “socorrer” outros povos internacionais e outros países quando se encontram num estado de calamidade, provavelmente tem fundos para começar um trabalho de reestruturação de moradias dessas comunidades, ou dando condições para que esses indivíduos se fixem em locais seguros. É mais viável investir em medidas preventivas, do que ter de gastar muito mais depois, reconstruindo a destruição deixada por catástrofes que poderiam ser evitadas.
(Meiryellen Formigoni)
(Postado também em: www.jornalmateriaprima.com.br - EDITORIA: Opinião)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um Brasil de vencedores

E o sentimento é só um: decepção.
No lugar dos sons das vuvuzelas, o silêncio que tomou conta dessa sexta feira, 2 de julho.
O sonho do hexacampeonato, era vivido por todos os brasileiros que esperaram 4 anos para fazer história, esta que em 2006 também não aconteceu, e agora foi frustrada novamente.
Hoje por intactos 10 minutos após o apito final, eu me vi completamente pasmada frente ao monitor da televisão. Eu não conseguia levantar, não consegui raciocinar.
A decepção pesou sobre pesou sobre a cabeça. E logo eu, que nunca gostei de futebol, que no começo fiquei acanhada. Pois bem, me vi frente a frente com a derrota daqueles jogadores, com a derrota daqueles brasileiros que estavam na arquibancada, com o choro das crianças que foram para a Copa, ver "o Brasil vencer". Peguei - me incontestavelmente chocada.
O verde e o amarelo da vivez que o país carrega, realizou-se em tons de cinza.
O grito da vitória, foi engolido mais uma vez, e quem sabe será solto daqui a 4 benditos anos.
O problema dessa situação não é nem a derrota, é achar o "culpado" pela derrota.
Será Felipe Melo? O arbitro? A falta de vontade do Kaká? A personalidade do Dunga? Ou simplesmente falta de sorte?
Apesar da minha decepção, que também é decepção da população desse país, encontramo-nos divididamente na rotina.
Tivemos que voltar ao trabalho, querendo saber um pouco mais sobre o "final", de certa forma "não acreditando no ocorrido". Ouvimos falar durante toda a história futebolísitca que o Brasil é o "pais do futebol" e no entando a derrota foi por 2 x 1.
Contudo, o que conforta o povo brasileiro, nessas horas, é a vontade que todos têm, de cada dia melhorar mais. De ter um sorriso no rosto e a esperança de um futuro mais digno, mais colorido, e mais humano, trazendo sempre uma raça e um orgulho no peito: O de ser brasileiro!