domingo, 27 de novembro de 2011

Suave como a brisa da manhã...

Deixo a vida me levar. Como uma leve brisa, um toque suave de cada manhã abraçando os meus desejos mais profundos... E nessa longa viagem, chamada vida, vou carregando minhas bagagens... e pelo caminho, enterrando tudo aquilo que me faz sentir vontade de desistir. Como um longo passeio de trem, onde pela janela vou admirando a paisagem, sentindo cada momento e deixando pra trás, nos trilhos, tudo aquilo que precisa morrer, ali. Na bagagem procuro trazer apenas as coisas boas, que deixam a mala mais leve e com cores alegres. Mas isso não quer dizer que eu não tenha marcas na alma. Muito pelo contrário. Só que cada ferida, eu deixo cicatrizar bem. Cuido todos os dias, com remédios como amor, alegria e carinho. E com o passar do tempo, as feridas abertas se tornam apenas cicatrizes. Cicatrizes que todos nós temos. Umas maiores, outras nem tanto. E com tanto cuidado, você vez ou outra até se lembra o que causou a marca, mais dificilmente vai doer tanto quanto no dia em que ela foi provocada. A ferida vai estar cicatrizada o suficiente para não voltar a sangrar. Mesmo passando pelas curvas durante o passeio de trem e sabendo que dia ou outro a locomotiva irá parar, eu continuo acreditando na força e na fé que movem montanhas, na beleza de pessoas sinceras, e nos amores incondicionais que cruzam os trilhos. Daqueles que você tem vontade de abraçar e não soltar nunca mais... Daqueles que você quer arrastar contigo, para o resto da viagem.

Meiryellen Formigoni.

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