terça-feira, 27 de abril de 2010

É por você...


O caminho é árduo, cansativo, estressante...
As luzes são fortes e garanto não é o fim do túnel de uma história feliz: algumas quase chegam a cegar.
Por aqui nesse mundo vasto de informações também existe a previsível contagem regressiva: três, dois, um... gravando!

O corre, corre me deixa louca, e quem sabe um dia, com a pressão arterial de 18,5 igual o mestre de história.

Mesmo assim eu decidi: vou seguir.

Quando me disseram que seria difícil, que os tapetes seriam puxados e que vez ou outra o coração ia doer, eu fixei os dois pés no chão com concreto e, nas costas, carreguei sempre o meu melhor escudeiro: as bençãos de Deus.

Eu já encontrei algumas pedras e já sai por ai, chorando e soluçando feito criança. Precisando de colo, de descanso para os pés cheios de bolhas, de algo plausível que me rendesse ao menos, uma boa pauta.

Nada fora do contexto do que já haviam me contato, nem fora das diretrizes curriculares da academia...
Porém, o mais interessante ninguém nunca me explicou.
Esqueceram que nada disso importa se não correr o sangue apaixonado nas veias, se não houver vontade de ver e ter um futuro social mais digno e uma força de vontade imbatível quando o cansaço tentar aparecer.

Os mestres da vida, pularam alto as cercas da cidade grande e esqueceram que bem ao lado da casinha sem pintura, humilde e de madeira, existe sempre uma boa história pra contar.

Ainda não possuo um currículo com furos, primeiras capas ou um 10 em reportagem.
Mas estou descobrindo pouco a pouco, aquilo que esqueceram de me contar...
Que além da redação turbulenta, do barulho infernal dos telefones e das desculpas pelo que "não é feito", se descobre no apaixonado pelo que faz, a paz interior de missão cumprida.

Quando eu era pequena, esqueceram de me mostrar na escola, que alem do ABC o que vale na vida é lutar pelo que se quer, e que é possível sim alcançar os sonhos e ser feliz.

É por você que meu coração pulsa, meu sangue corre e minha inspiração aflora.
É pela correria da minha vida que será sempre atropelada pelo relógio...
É pela falta de descanso, busca por justiça e incansável legitimação da verdade.

É por você jornalismo.

(Por: Meiryellen Formigoni)

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