sexta-feira, 30 de abril de 2010

Adolescente coleciona cactos como hobby



O que começou como brincadeira de escola virou paixão; estudante encontrou satisfação cuidando da planta

É comum adolescentes colecionarem figurinhas, CDs, adesivos, revistas etc. Porém, no Jardim Monte Belo, zona oeste de Maringá, um colecionador se destaca entre os demais. Ele tem paixão por colecionar minicactos.

O estudante Pedro Henrique Simião, 16, coleciona a planta desde os 14 anos e hoje cultiva cerca de 20 vasos. “Tudo começou com uma brincadeira de escola, para ver qual dos meninos conseguiria juntar mais espécies. Como sempre gostei de coisas diferentes a paixão pelos cactos continuou até hoje. Os espinhos me encantam e afastam os curiosos”,brinca.

Segundo a psicóloga Melck Kelly Piastrelli, 28, pós-graduada em Gestalt Terapia ( que estuda a forma), o ato de colecionar nessa idade é algo natural e pode ser considerado uma forma de distração, hobbie. “Pela história de Pedro e pelo fato dele admirar os espinhos da planta, pode significar a revelação de uma parte de sua personalidade, possivelmente introspectiva”, afirma Piastrelli.

A mãe de Pedro, Maria de Lurdes Simião, 39, também é apaixonada por plantas e cuida muito bem das flores que tem. “Comecei com uma avenca que peguei na beira de uma cachoeira, quando eu tinha 16 anos. Hoje tenho mais de 50 vasos com flores de diversos tamanhos, espécies e cores. Admiro muito a beleza e estou limpando meu quintal para plantar violetas. Meu marido já sabe, quando quer me dar algum presente, compra uma flor”, diz.

De acordo com Karina Fidanza, 30, professora de biologia do Cesumar (Centro Universitário de Maringá), não é comum encontrar cactos no Paraná. “Os cactos são facilmente encontrados na região Nordeste do Brasil, e para serem saudáveis necessitam de luz do sol e um pouco de água. Já os minicactos, necessitam de um pouco mais de água e de atenção maior, pois são muito jovens e apresentam menor resistência à exposição solar”, afirma Fidanza, que é doutora em botânica pela Unicamp (Universidade de Campinas).

“Não importa o preço que eu tenha que pagar para ter cada muda diferente. Gosto de olhar todos os dias, ver como eles cresceram e saber que fui eu quem cuidou, regou e colocou ao sol. Eu não tenho bicho de estimação, mais o cacto ocupa o meu tempo, e o meu carinho” compara Pedro.


(Por: Meiryellen Formigoni / Publicado no www.jornalmateriaprima.com.br)

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