
(Reportagem feita pelos acadêmicos de Jornalismo: Meiryellen Formigoni e Pedro Henrique Grava)
Torcedores não se privam de comemorar as atuações da seleção no mundial e decoram o dia a dia com as cores da bandeira
Meiryellen Thais Formigoni Aggio O maior torneio futebolístico da história, a Copa do Mundo, foi criado em 1928 pelo francês Jules Rimet. A primeira disputa ocorreu no Uruguai em 1930, e contou com a participação de 16 países. De lá pra cá, o torneio foi se consagrando e conquistando milhares de torcedores fanáticos ao redor do mundo. Este ano são 32 seleções disputando o título, entre as quais o Brasil, o único país à participar de todas as copas e conquistou o maior número de títulos. Segundo o Sociólogo Selson Garutti, 40, a rotina do brasileiro muda quando o mundo entra em época de Copa. “A sociedade tem essa reação porque as pessoas precisam de sonhos, de heróis e crenças para sobreviver no sistema capitalista. Por esse motivo é que a população se identifica com aquilo que é mostrado como paixão unificada e legitima como se fosse algo necessário para a sobrevivência”, diz. Nesta época, o patriotismo aflora e os fanáticos por futebol usam e abusam das diversas maneiras de se realizarem. Caras pintadas, casas decoradas, coleção de camisas, uniforme da seleção da cabeça aos pés. Pôsteres, cornetas e muita vibração na hora dos jogos. Tudo parece ser insuficiente para aqueles que elegeram o futebol brasileiro como parte essencial de suas vidas. Segundo o estudante de Educação Física João Pedro Cazela, 20, demonstrar a paixão pelo futebol vai além de “baderna” na hora dos jogos. “Eu torço sempre. Não sou aquele cara só ‘de Copa’, que se fantasia, pinta a cara e acha que é torcedor. Eu acompanho os jogos, as notícias dos jogadores e o dia a dia da equipe. Eu sou torcedor o ano inteiro, não só a cada quatro anos.” Ele conta ainda, que desde pequeno coleciona álbuns de figurinhas das Copas do Mundo e é apaixonado pelo esporte, influência que resultou até mesmo na escolha do curso universitário. Para o psicólogo Fernando Delarissa, o fanatismo é algo saudável desde que haja limites e consciência. “As pessoas querem se realizar de alguma maneira e acabam se identificando com coisas que se identificam com elas. O problema é quando o fanatismo vira excesso, porque os extremos são sempre prejudiciais.” Ainda de acordo com ele, as pessoas acabam perdendo a noção de valores e perdem também a noção do que seria de fato importante para a vida. Muitas deixam de comprar comida para obter objetos que satisfaçam o desejo fanático. “ É preciso ter controle”, alerta.
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Por: Meiryellen Formigoni e Pedro Henrique Grava) |
(Publicado também em www.jornalmateriaprima.com.br - EDITORIA: Reportagem)